sábado, 25 de março de 2017

Xóan Vásquez Mao: A voz da euro-região é o Eixo Atlântico

P - O que vai ser o congresso do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, que está a ser preparado para 8 e 9 de Junho, em Braga?
R - Em cada dez anos, o Eixo Atlântico faz um congresso. O congresso é um ponto de encontro de toda a comunidade, uns estados gerais para analisar a situação da euro-região Norte de Portugal/Galiza. A cada dez anos, debatemos um documento de planeamento estratégico que sirva para orientar, coordenar e unificar critérios. Levamos dois anos a trabalhar um documento, que é a Agenda Urbana do Eixo Atlântico, muito inovador e com grandes conteúdos.Vamos fazer um debate com os representantes da sociedade, reservando uma parte do congresso para pessoas que queiram inscrever-se, pessoas que não façam parte das instituições tradicionais.

P - Qualquer cidadão da euro-região pode participar nesse congresso?
R - Exactamente. Este é um congresso de debate, não é um congresso informativo. Vamos atrair alguns nomes de referência a nível europeu. Quem quiser participar só tem de inscrever-se na página internet do Eixo Atlântico.

P - A Agenda Urbana aponta a estratégia do Eixo Atlântico para o futuro. Quais são as principais linhas de acção que esta associação de cidades quer desenvolver, tendo em conta que, há dez anos, a realidade era totalmente diferente?
R - Temos muito presente que estamos a sair de uma crise que, na minha opinião, foi a terceira guerra mundial. Reparem que a crise não foi cruel no respeitante ao sangue, mas foi cruel no respeitante às estruturas e às pessoas. Mandou muita gente para o desemprego e gerou uma mudança global da qual temos de retirar a parte positiva.

P - Como é que a nossa euro-região passou por essa ‘terceira guerra mundial’. Empobreceu?
R - É verdade que empobreceu, pelo facto de ser periferia em relação a Lisboa e a Madrid, mas a verdade é que tivemos a força suficiente para podermos sobreviver. A nossa estrutura não ficou destroçada e estamos a ser capazes de a levantar. Temos que perceber que a nossa grande vantagem é o mar. O mar é a nossa principal indústria, é o caminho, é a ambição. Creio que resistimos melhor do que outros.

P - O que é que propõe a Agenda Urbana para a próxima década? Fala-se muito do planeamento das cidades e nova formas de governação...
R - Basicamente, a Agenda Urbana o que pretende é aproveitar este momento de oportunidade. O maior crescimento da Europa registou-se à sua maior crise que foi a 2ª Guerra Mundial. Temos de saber aproveitar esta oportunidade de saída da crise, de deixar de fazer as asneiras que se fizeram e que ainda se fazem. Temos de nos dar conta que a escala mudou. Um facto com a ampliação do canal do Canadá vai mudar radicalmente a escala. Na euro-região apenas seremos capazes de dar resposta a uma parte da procura mundial. Temos de confrontar os nossos portos, de Leixões a Ferrol, de que juntos somos mais competitivos. Não podemos viver com os portos e os aeroportos uns contra os outros. A Agenda Urbana vai um pouco por aí, vai propor um conjunto de alternativas em torno do sistema urbano, procurando tirar proveito da saída da crise e como prevenir nova entrada na crise. Vamos fazer isso de acordo com cinco ópticas. Vamos trabalhar como território organizado, trabalhando em sistema urbano, complementando-nos, não duplicando, não tirando coisas uns aos outros.

P- Há experiências transfronteiriças das euro-cidades com resultados positivos. A crise não serviu para dar mais coesão à euro-região?
R - A crise serviu para nos mostrar o caminho. Não quer dizer que todos os dirigentes sejam capazes de o ver.

P - Recentemente, ao lado de políticos galegos, criticou a falta de uma política de incentivo industrial na Galiza?
R - Em Espanha, não aprendemos com a crise. Continua a corrupção, continua-se a pedir um TGV para cada cidade e a fazerem-se despesas faraónicas. Houve gente que não aprendeu nada com a crise. Não pode haver um TGV entre a Corunha e Lisboa porque temos uma cidade importante a cada 70 quilómetros. Não podemos andar a pedir um TGV, temos de pedir um alfa-pendular moderno e rápido que possa parar em cada cidade. Há um outro sector que está a abrir uma nova guerra com a ideia de uma deslocalização de empresas da Galiza para Portugal. Não há deslocalização. O que acontece é que Portugal é mais atractivo, porque a Galiza não tem uma política industrial. As empresas fortes da Galiza, como a ‘Inditex’, investem em Espanha e em Portugal.

P - A ‘Citroen’ não está a desinvestir em Vigo e a concentrar mais produção em Portugal?
R - Não.Vigo sempre foi a jóia da coroa da ‘Citroen’. Historicamente, Vigo considerou Mangualde com fábrica auxiliar da ‘Citroen’. Agora chegou um português à liderança da empresa que fixou o eixo estratégico Vigo-Mangualde. Isso vai contra Vigo? Não. Isso reforça Vigo e reforça Mangualde.

P - Voltando ao congresso do Eixo Atlântico, falou em cinco temas centrais de debate. Para além do território?
R - O emprego é fulcral. Não o emprego clássico, mas a emergência do empreendedorismo. Se não percebermos que estão a mudar os paradigmas, continuaremos a ter números fracos de emprego. A competitividade, que é o que gere emprego, não se consegue com salários baixos, mas aumentando a inovação. Nunca poderemos competir a nível salarial com a Ásia que não tem direitos sociais, não tem sindicatos, não tem contratos de trabalho. Só podemos competir porque tecnologicamente somos melhores. Há também os desafios da sustentabilidade, da política social e da eficiência da administração, nomeadamente a autárquica. 

P - O que estão a propôr é um nível superior de cooperação, como apontaram, recentemente, o presidente e o vice-presidente do Eixo Atlântico?
R - Não é por acaso que o congresso do Eixo Atlântico se realiza em Braga. O presidente Ricardo Rio envolveu-se muito activamente na Agenda Urbana. Foi um dos seus impulsionadores e ideólogos. Para mim é um presidente extraordinário. Digo sempre que ele fez duas coisas extraordinárias: algo tão básico como pôr as pessoas a falar e fez de Braga uma cidade alegre. Com gente jovem, Braga parecia uma cidade velha e triste.

P - Para a aplicação da Agenda Urbana é necessário que haja um entendimento entre autarcas e entre as administrações regionais?
R - É verdade que há uma assimetria entre o Norte de Portugal e a Galiza, mas também é verdade que há um elemento comum: a necessidade de falarmos entre nós e com o poder central. A nossa estrutura social é a mesma, o que temos é uma diferente configuração do poder. Em Espanha está regionalizado, em Portugal não. A regionalização agiliza muito as coisas e tem a legitimidade dos votos. Mas há coisas mais complicadas: a Comunidade de Trabalho Galiza-Norte de Portugal está morta.

P - Nestes 25 anos, o Eixo Atlântico tem funcionado muito como estrutura de lóbi, de reivindicação de determinadas estruturas e políticas para a euro-região. Poderá assumir outra posição com o esvaziamento da Comunidade de Trabalho?
R - O Eixo Atlântico é uma entidade leal com que é leal. A Comunidade de Trabalho Galiza-Norte de Portugal converteu-se numa instituição transfronteiriça de referência no tempo de Luís Braga da Cruz (n.r. ex-presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte) e Fraga Iribarne (ex-presidente da Junta da Galiza). O Eixo Atlântico constituiu-se para defender os interesses das cidades num novo enquadramento europeu. Recebemos o respeito e o apoio de Braga da Cruz e Fraga Iribarne. Não é por acaso que ambos são medalha de ouro do Eixo Atlântico. Foi pelo trabalho extraordinário que fizeram. Creio que o Norte de Portugal só teve dois líderes: Luís Braga da Cruz e Fernando Gomes (n.r. ex-presidente da Câmara Municipal do Porto). A Galiza só teve um líder: Fraga Iribarne. Eu, ideologicamente, estou nos antípodas de Fraga Iribarne, mas reconheço que ele fez um trabalho extraordinário: colocou a Galiza no mapa. Braga da Cruz e Fraga Iribarne defendiam o mesmo que nós: novas infra-estruturas e a cooperação. Nós, com a força que tínhamos enquanto lóbi de cidades, apoiámo-los. A Comunidade de Trabalho foi caindo, teve alguns picos com Arlindo Cunha e Carlos Lage (n.r. ex-presidentes da Comissão de Coordenação da Região Norte). Na época do anterior presidente, Emídio Gomes, foi um desastre. Na Galiza, passou-se de um Governo com estratégia política para um Governo com muitos conflitos internos. Agora há um Governo estável mas com uma visão muito burocrática e pouco estratégica. A Comunidade de Trabalho foi esmorecendo e nós fomos ocupando esses espaço. A única voz da euro-região somos nós. Quem fala com os empresários e os sindicatos, quem promove estudos, quem defendeu o comboio? Nós. 

P - O Eixo Atlântico é hoje uma associação mais política e mais representativa da euro-região?
R - Nitidamente. Nestes últimos anos ganhámos peso e escala. Hoje, o presidente do Eixo Atlântico, Ricardo Rio, junta visão política e conhecimento profundo. Não é um político profissional que caiu na Câmara de Braga porque o seu partido o indicou. É uma pessoa que tem conhecimentos profissionais, nomeadamente a nível da Economia. Tem visão política e estratégica muito fortes. Tem uma visão do mundo, não é uma pessoa que se limita a Braga, que nunca saiu de Braga. Isto permite-nos entrar no século XXI sem deixar de aprender com o melhor que fizemos no século XX. Tenho de o dizer: hoje em dia, o líder da euro-região é o presidente do Eixo Atlântico, é o presidente da Câmara de Braga. 

Também tenho de dizer que tivemos uma grande liderança com o presidente da Câmara de Viana do Castelo. Há uma nova liderança da euro-região que se está construíndo. Não é por acaso que José Maria Costa é o presidente da delegação portuguesa no Comité das Regiões.

P - Em 2018, a presidência do Eixo Atlântico passará para uma autarca galego. Vê políticos galegos capazes de assegurar a continuidade desta liderança?
R - O vice-presidente do Eixo Atlântico, Alfredo García, que é o que tem mais hipóteses de chegar à presidência, de acordo com a cultura existente, é também o presidente da FEGAMP - Federación Galega de Municipios e Provincias. Foi eleito por todos os seus colegas. Isso significa liderança.

P - Quais são os obstáculos que se colocam ao desenvolvimento do Eixo Atlântico? O que é que pode colocar dificuldades no caminho de uma euro-região mais coesa?
R - Não sei se temos encontrado alguma pedra no caminho. Cada vez há mais gente que quer entrar no Eixo Atlântico.Vamos ter o congresso dos 25 anos. No segundo dia do congresso, o primeiro ministro, António Costa, já confirmou que vai entregar as medalhas do Eixo. A nossa presença é forte. A questão é o que pode dificultar a construção da euro-região. Em primeiro lugar, os ciúmes. Também a incompetência política. Os que são politicamente sólidos não andam com ciúmes. A estrutura do Estado deveria modernizar-se. Não pensemos que a regionalização é a solução. Veja-se o que se passa na Catalunha. No caso português, deveria haver uma modernização da estrutura do Estado. Estamos a pedir aos governos de Portugal e Espanha que, na próxima Cimeira Ibérica, que vai ser em Vila Real, a 2 de Maio, se abram os trabalhos para um novo tratado de cooperação. O actual enquadramento jurídico já tem mais de 15 anos e está ultrapassado. Nós estamos numa fronteira muito viva e dinâmica que precisa de um enquadramento mais ágil.

P - Tem sido crítico sobre os resultados das últimas cimeiras ibéricas...
R - Crítico é uma expressão muito generosa. Fui muito crítico. Disse que não serviam para nada! As últimas cimeiras foram lamentáveis! A última, entre Rajoy e Passos Coelho, demorou três horas! Uma cimeira entre Espanha e França dura um dia e meio. Isto quer dizer que Portugal para Espanha não é prioritário. Não há uma visão de conjunto da Península Ibérica. Espanha tem de entender que a sua porta para o Atlântico é Portugal e a Galiza. Isso leva-nos ao grande problema espanhol, que não é uma dicotomia Norte-Sul, é uma dicotomia Atlântico- Mediterrâneo. Espanha aposta no Mediterrâneo, porque aí está muito mais povoada e tem mais deputados. Qualquer dirigente com o mínimo de visão estratégica criaria uma espécie de Benelux. Os portos atlânticos de Espanha são os portugueses. Temos de coordenar as infra-estruturas, o planeamento e as regras de mobilidade. Há uma falta de visão estratégica e isso reflecte-se nas cimeiras ibéricas. O que queremos desta próxima cimeira é que ela seja o pontapé de saída para uma nova época. Há dias, reunimos com a presidente do Parlamento espanhol, que é galega, no âmbito de outra rede de que nós fazemos parte, a Rede Ibérica de Entidades Transfronteiriças, para incentivar a criação de um comissão interparlamentar da Assembleia da República, das Cortes espanholas, dos parlamentos regionais dos quatro territórios que fazem fronteira com Portugal e com deputados europeus. Seria o melhor veículo de lóbi que pode existir para defender as propostas das regiões de fronteira. Outra das questões mais importantes que nunca se quis tratar nas cimeiras ibéricas é a criação de uma figura coordenadora de emergências, uma figura que tenha poder nas estruturas de emergência e salvamento dos dois países.

P - E para a área da Saúde?
R - O tema da Saúde é muito importante, porque podemos prestar mais serviços com menos recursos. Na raia seca estão a fechar centros de saúde e maternidades. Isso acontece nos dois países por falta de população. Vamos fazer um centro de saúde conjunto e diminuir as despesas. Partilhemos os serviços de urgência hospitalar. Vamos fazer sistemas hospitalares com hospitais do Norte de Portugal e da Galiza.

P - Vila Nova de Cerveira e Tomiño já partilham uma piscina e uma escola de música. São ainda situações muito raras...
R- Não de trata só de partilhar equipamentos. No âmbito da Saúde, trata-se também de partilhar conhecimentos. O factor humano é muito importante. Não queremos apenas partilha de equipamentos das câmaras municipais, queremos que os governos planifiquem investimentos. De que serve os presidentes de câmara coordenarem se os governos duplicam equipamentos? Para isso é que devem servir as cimeiras ibéricas, para isso é que deveria servir a Comunidade de Trabalho Galiza-Norte de Portugal.

P - Em 2015, disse que o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) estava abandonado pelos governos de Portugal e Espanha. Ainda mantém essa visão?
R - Não. A minha visão piorou. Tínhamos o INL abandonado pelos governos. O INL estava preparado para 400 investigadores e só tinha 100. Agora temos a versão científica IKEA. Quer dizer: temos um instituto sueco, com um director sueco, com investimento sueco, que não tem nenhum relacionamento com a fronteira, que não tem nenhum relacionamento com as universidades galegas e portuguesas, que trabalha para empresas privadas que pagam os seus serviços. Mudou complemente o paradigma. Eu não considero o INL, de todo, uma entidade de cooperação. O INL foi abandonado pelos governos. Depois, como não havia dinheiro, foi buscar-se investimento privado. Agora, é uma empresa sueca em solo português.

P - A Galiza, que teve um director-geral do INL, não olha para o INL como algo seu?
R - De todo. Receio que tão pouco grande parte de Portugal olhe para o INL como algo seu. A estratégia que se quis traçar inicialmente, algo como ligar a investigação de elite das universidades às empresas, desapareceu completamente. E a vinculação transfronteiriça não existe. Quantos galegos estão no INL? Quantas empresas galegas têm aqui uma grande presença? Seja como for, o INL é uma entidade de investigação importantíssi- ma para a cidade de Braga. Como se a ‘Microsoft’, amanhã, criasse aqui um laboratório.

P - O Eixo Atlântico tem-se destacado também no âmbito cultural e desportivo. Mais recentemente, tem feito lóbi para a promoção do Caminho Português de Santiago de Compostela. Foi um tema também esquecido pelos governos de Portugal e Espanha?
R - O Caminho foi esquecido pelo Governo português. A parte galega do Caminho Português são apenas cem quilómetros. Nós pegámos nessa bandeira. Inicialmente, só algumas associações lutaram. Agora aparece toda a gente. Tudo bem. O nosso objectivo é que, em 2021, o próximo Ano Santo, o Caminho Português esteja ao mesmo nível do Francês. Dentro de um mês apresentaremos um relatório sobre o estado do Caminho Português, ponto por ponto. Encomendámos o relatório ao arquitecto Rui Loza, que foi o coordenador da candidatura do Porto e Património Mundial da Humanidade. Estamos a lutar para que o Governo assuma a candidatura do Caminho Português a Patrimónuo Imaterial da Humanidade.

P - E há vontade política?
R - Não. Com o anterior ministro da Cultura as coisas estavam correndo bem, com o actual não sei se vão. Tenho dificuldade em percebê-lo. Portugal tem de assumir, a nível governamental, que o Caminho Português a Santiago de Compostela é português, não é espanhol. Os Caminhos de Santiago são o primeiro itinerário cultural europeu, com tudo o que isso significa de marketing turístico. Portugal é o único país que ainda não o percebeu. Eu tenho falado com o arcebispo de Braga e acho que a Igreja portuguesa está equivocada ao tentar conflituar o Caminho Português com os caminhos do Santuário de Fátima. São coisas distintas. Insisto: o Caminho Português é um itinerário cultural que vem da Idade Média.

P - E já não é só um itinerário religioso...
R - Exactamente. A maior parte das pessoas que fazem o Caminho Francês vêm da Ásia, nem sequer são católicos. Os caminhos de Fátima estão ligados à Igreja Católica e vêm de uma determinada época, assentes no fervor popular. Não têm de conflituar com o Caminho de Santiago.

P - Não vê, da parte da Igreja Católica, grande vontade em investir no Caminho Português?
R - Por alguma razão, a Igreja Católica está mais apostada na ideia de Fátima. Creio que está equivocada, porque não há que escolher. Temos a imensa sorte de ter duas rotas que mobilizam tanta gente, que põem Portugal no mapa, que vendem turismo.

P - E da parte das câmaras municipais? Há várias rotas do Caminho Português. Já se chegou a algum consenso?
R - Caminho só há um. Temos identificado quatro rotas: Costa, Central, Interior e outra que é o cruzamento por Portugal da Via da Prata, que vem do sul de Espanha. Os únicos que fizeram alguma coisa pelo Caminho Português foram as câmaras municipais, só que o fizeram descordenadamente. A partir daí passaram para uma certa concorrência entre elas que não é positiva. É preciso que se crie um organismo coordenador como o Jacobeu na Galiza. O Jacobeu é a chave do sucesso de Santiago de Compostela, porque aglutina todo o investimento, a publicidade e a sinalética. Criou uma imagem única em todo o mundo.

P - Confia na classificação do Caminho Português como Património Mundial da Humanidade?
R - Completamente convicto que, no momento em que o Governo apresente a candidatura será aprovada. Como pode não ser aprovada, se foi aprovada em Espanha e em França. Estamos a falar do mesmo conceito. Será quase automático. Terá apenas que haver alguns projectos de melhoramento para que a UNESCO aprove.

In: Correio do Minho



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